Erasmo Carlos Rock N Roll Rar
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A engenhosa imagem exposta na capa do 27º álbum de inéditas de Erasmo Carlos, Sexo, traduz com fidelidade o conteúdo conceitual do disco. O coração aberto por fenda que sugere a imagem de uma vagina indica que o amor carnal - mote do CD produzido por Liminha - se funde com o amor romântico. Fonte de vida, sexo é (também) amor no álbum em que o Tremendão, aos recém-completados 70 anos, roça o vigor e a jovialidade de seu anterior disco de inéditas, Rock'n'Roll (2009). Bisar a parceria com Liminha - produtor do revigorante Rock'n'Roll - fez bem a Erasmo. Conceitualmente, Sexo dialoga muito com Mulher (1981), título emblemático da discografia do artista, marco inicial de fase madura marcada por hits radiofônicos. Se a balada Santas Mulheres Santas (Erasmo Carlos) reverencia o sexo feminino, pontuada pelo piano de Délia Fischer, Seu Homem Mulher - outra balada, composta pelo Tremendão em parceria com sua fã Adriana Calcanhotto e gravada com a guitarra de Frejat - conclui que os homens, dependentes e carentes, acabam sempre se rendendo à força da mulher. A propósito, se Sexo não soa tão eletrizante à medida que avançam suas 12 músicas inéditas e autorais, é pelo excesso de baladas do repertório. O início cheio de testosterona com Kamasutra (Erasmo Carlos e Arnaldo Antunes) - rock que lista posições sexuais na letra escrita sem pudores - faz supor um disco movido a rock'n'roll. Contudo, Sexo transcorre mais calmo, com mais baladas do que rocks na trilha sonora. Baladas eventualmente turbinadas com doses altas de romantismo, caso de Nem me Disse Adeus, uma das duas parcerias de Erasmo com Nelson Motta incluídas em Sexo. Nelson Motta é autor também dos versos da mais inspirada Vênus e Marte, destaque da generosa safra de baladas. Sexo é melhor quando feito com adrenalina, no compasso do rock, como na faixa O Rosto do Rei, parceria de Erasmo com o produtor Liminha. Esse rock fica ainda melhor quando ganha a pegada eternamente jovial dos anos 50, como em Sexo e Humor, faixa valorizada pela letra afiada de Chico Amaral. Em Roupa Suja (Erasmo Carlos e Arnaldo Antunes), rock de pegada suave, o macho destila raiva ao expiar sua dor-de-corno. Já o ciúme parece ser a venenosa matéria-prima que gerou Amorticídio (Erasmo Carlos), rock funkeado turbinado com distorções, efeitos e os vocais do trio carioca Filhos da Judith. Contudo, amor e sexo também trazem satisfação. Apaixocólico Anônimo, boa balada cuja letra versa de forma póetica sobre sexo oral, é ode ao prazer de beber "as delícias saudáveis do amor". No fim do álbum, outra balada, dona da melodia mais sedutora da safra inédita de Erasmo, Sexo É Vida, reitera o tom positivo do CD, celebrando a fonte da vida. Viciado em mulher e em rock'n'roll, Erasmo Carlos prova em Sexo que, aos 70 anos, ainda continua com tesão adolescente pela música e pela vida. Sexo é bom!!
Mauro,se Erasmo faz sexo quase tão bem quanto rock and roll,vamos torcer pra ele não resolver fazer o "Drogas" também,né?Não se mexe em time que está ganhando!Muito afim de ouvir logo esse trabalho novo do grande Tremendão.Apesar de trocadilhos e propaganda grátis para empresas como o BOSTON MEDICAL GROUP(Sexo é vida),O nosso "Gigante Gentil" é,sem dúvida alguma,um dos maiores nomes vivos (e ainda criativos),da nossa tão multifacetada Música Brasileira! Abs! 2b1af7f3a8